amamede

Albuquerque & Lima

A Pintura de amamede

António José Mamede de Albuquerque

amamede (António José Mamede de Albuquerque) adoptou desde sempre uma posição muito prática relativamente à arte. Recusando-se a ser apenas o professor ou o crítico cuja tarefa se resume a escrutinar os trabalhos dos alunos abstendo-se de apresentar os seus, optou por continuar a criar as suas obras de pintura e a expô-las. 

Ao longo do tempo os trabalhos de amamede foram-se tornando cada vez mais abstractos e a sua actividade artística muito inspirada na procura do cromatismo. A abertura, a intensidade e a força de combinação das cores são uma presença constante nas suas telas. 

As suas obras dão primazia à forma e à cor na criação de cenários. Considerem-se, por exemplo, as obras da série COCUS em que se destacam formas que se assemelham a microorganismos ovalares nucleados interceptadas por elementos rectangulares. O próprio artista refere, a esse propósito, que pretende “transmitir um equilíbrio dinâmico complexo em cromatismos de grande tensão onde preponderam as cores fortes”. De acordo com amamede, trata-se de “um conjunto de obras que utiliza uma paleta cromática ampla na qual se estabelecem ritmos inesperados que interceptam largos horizontes cromáticos, dimensionados na construção de uma espacialidade complexa onde a realidade, quase biológica, se transfigura em ficção pictórica. As combinações cromáticas de quente e frio inundam a tela de ritmo e tensão com uma alegria quase infantil”

A Arte Escultórica Orgânica de amamede

Como médico e antigo professor de Anatomia Artística, amamede (António  José Mamede de Albuquerque) não teria qualquer dificuldade em desenhar a figura humana e expressar a realidade de forma clássica. Com conhecimentos sólidos neste campo do figurativo o caminho mais fácil seria certamente deixar-se envolver nalgum formalismo. Todavia não tem sido esta a sua opção estética. 

Na escultura amamede adopta alguma abstracção como linguagem utilizando diferentes materiais tais como a madeira, o vidro, o metal, o gesso ou o aço. As peças de madeira, muitas vezes utilizadas em bruto, constituem a base da maioria das suas esculturas, criando formas de grande simplicidade e de alguma rudeza que o vidro e o metal atenuam mas não escondem. O artista cria assim esculturas e peças em que a estrutura se desenvolve numa conjugação dos elementos naturais, geralmente troncos ou ramos, com os sintéticos, vidro ou metal, procurando manter uma certa ambiguidade assente no contraste entre a rudeza do troncos tal como a natureza os concebeu e a perfeição do vidro ou do metal que lhe dão ênfase. 

Destacamos aqui a peça CUBITUS, escultura em madeira de sobro e vidro datada de 2010 [2]. Trata-se de uma obra que, com aproximações surrealistas, é algo antropomórfica, simultaneamente natural e fabricada. 

Salientamos também a peça DESTROSSUS, escultura em madeira datada de 2008 [3]. Hermética, claramente antropomórfica, num primeiro relance surge aos nossos olhos tal como a natureza a produziu e só numa análise mais atenta nos apercebemos do trabalho subtil desenvolvido na sua criação. 

Numa duplicidade sugerida pela mistura do natural com o sintético amamede procura construir o humano em estruturas escultóricas tendencialmente antropomórficas ou em peças sugestivamente biológicas e orgânicas. 

Curriculum de amamede

António José Mamede de Albuquerque

amamede (António José Mamede de Albuquerque) nasceu em Cabo Verde em 1943. Doutorado em Medicina dedica-se à Pintura desde 1975 tendo exposto obras suas em 1988 na “Exposição Artistas de Coimbra” organizada pelo XI Congresso Nacional de Ortopedia. Associado do Movimento Artístico de Coimbra (MAC) desde 1988, começou a dar colaboração a partir de 1994 ao ensino de Anatomia Artística dirigido a alunos da ARCA-ETAC. Foi Professor Associado da Escola Universitária de Artes de Coimbra (EUAC) onde leccionou Anatomia Teórica (1º e 2º anos das diversas licenciaturas) e integrou o respectivo Conselho Científico. Presidente do Movimento Artístico de Coimbra entre 2010 e 2012 organizou, conjuntamente com artistas plásticos da EUAC, do MAC e de inúmeras Associações da região centro, a Feira Internacional de Artes Plásticas de Coimbra (Fiarte/Art€uropa 2011) tendo integrado a respectiva Comissão de Honra. Tem um currículo invejável com vários prémios internacionais e nomeações honrosas entre as quais podemos destacar o “Pincel de Ouro”, atribuído em 2011 pela Federação Brasileira de Académicos das Ciências Letras e Artes (FEBACLA) e o “Prémio Mérito Personalidade 2013”, atribuído pelo Instituto Comnène Palaiologos de Educação e Cultura (ICOPEC). Em 2014 aderiu ao Conselho Internacional de Académicos das Ciências Letras e Artes (CONINTER). Foi-lhe atribuído o “Primeiro Prémio Internacional de Escultura” na segunda Exposição Internacional – Estoril 2014 e uma “Primeira Menção Honrosa de Escultura” (grau platina) na terceira Exposição Internacional – Palácio dos Aciprestes / Fundação Marquês de Pombal – 2014. Recebeu uma “Menção Honrosa” no 4º Concurso de Fotografia Digital da Ordem dos Médicos – Setúbal 2014. Em 2015 foi-lhe atribuído o “Primeiro Prémio Internacional de Escultura na Exposição Internacional – Galeria dos Morgados da Pedricosa – Aveiro e uma “Menção Honrosa” de Escultura (grau ouro) na Exposição Internacional – Galeria Guntilanis – Vila Praia de Âncora. O CONINTER ARTES e o ICOPEC, ainda em 2015, atribuiram-lhe o “Prémio de Grande Mérito nas Belas Artes”. Recebeu uma “Menção Honrosa de Fotografia” (grau ouro) na sexta Exposição Internacional – Galeria Guntilanis / Vila Praia de Âncora – 2015. Em 2016 foi galardoado com o Prémio Cinzel de Ouro, outorgado pelo Presidente da CONINTER ARTES Alexander Palaiologos. Em 2016 recebeu dois Primeiros Prémios Internacionais de Escultura, um pelo “Tocador de Djembê” – Albicastrense Art16 e outro pelo “Scorpius” – Exposição da Fábrica Social. Mais recentemente foi-lhe atribuído pelo CONINTER o Prémio Personalidade 2018 e em 2019 foi nomeado pelo ICOPEC como Embaixador Cultural da Paz. Está representado em várias colecções particulares entre coleccionadores de Arte do meio universitário Português e Brasileiro.

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A Albuquerque & Lima Galeria de Arte (A&L Galeria) tem como objectivo principal promover, comercializar e divulgar obras de arte no domínio da pintura, da escultura, da fotografia e da criação artística.